Terapia de Risco

Título Original: Side effects
País: EUA
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Scott Z. Burns
Elenco Principal: Jude Law, Rooney Mara e Catherine Zeta-Jones
Estreia no Brasil: Maio de 2013




Bem ao estilo Soderbergh, o filme tem uma certa originalidade com o tema abordado, um elenco chamativo, mas não passa de mais um típico filme de golpes e tal. Começa com uma abordagem interessante sobre a industria farmacêutica e o mercado dos antidepressivos mas que é deixada de lado quando as revelações da trama assumem o centro da projeção.

O roteiro acompanha Emily Taylor (Mara), uma depressiva que, após tentar suicídio passa a ser acompanhada pelo psiquiatra Dr. Banks (Law). Ele começa a utilizar com ela um novo medicamente que melhora consideravelmente a vida da paciente, no entanto, os efeitos colaterais são perturbadores e perigosos para os que estão próximo da jovem.

De início, o longa já introduz a tragédia que irá acontecer na família de Emily devido o uso do antidepressivo, e é justamente este momento que divide-o em dois filmes distintos. A primeira parte é uma interessante abordagem sobre os tratamentos psiquiátricos, a forma como esses médicos lidam com seus pacientes, a liberdade dada a eles, e o que é visto como evolução do quadro depressivo. Já a parte final se desfaz de toda essa abordagem para assumir um jogo de intrigas onde o Dr. Banks assume o típico investigador amador para desmascarar um grande golpe que o envolveu.

Ainda assim o filme nos toma a atenção. Jude Law e Rooney Mara desenvolve bem seus personagens dando bastante realidade à trama. Pena que o mesmo não possa ser dito de Catherine Zeta-Jones. Vivendo a ex-psiquiatra de Emily, ela confere um péssimo ar de intelectualidade à Dr. Siebert que é inevitável a sua semelhança com as típicas personagens de filmes pornográficos.

Por fim, é um trabalho que nos acostumamos a ver, já que se trata de Soderbergh. Não é ruim mas podia ser melhor.


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