Título Original: Renoir
País: França
Direção: Gilles Bourdos
Roteiro: Gilles Bourdos e Jérôme Tonnerre
Elenco Principal: Michel Bouquet, Christa Theret e Vincent Rottiers
Estreia no Brasil: Julho de 2013
Interessado em retratar os últimos momentos da vida do famoso pintor Auguste Renoir, não sendo assim uma exata cinebiografia, o diretor Bourdos busca explorar os conflitos emocionais do artista em uma época turbulenta onde os pais perdiam seus filhos para a grande guerra. No entanto, o longa pouco acrescenta à dimensão artística que está por traz da família Renoir, embora tenha uma sensibilidade visual impressionista encantadora.
A fotografia de Mark Ping Bing Lee é sem dúvida a variável mais marcante desta produção. Leve e brilhante, já na primeira cena Lee deixa escancarado uma paleta quente e vibrante enquanto a câmera acompanha uma jovem Andrée, de cabelos vermelhos a andar de bicicletas em meio a uma arborizada paisagem. Ainda assim, apesar de toda a vivacidade de suas cores, o drama permanece inerte durante toda a projeção.
Embora o diretor consiga, juntamente com Bouquet, que representa o pintor, estabelecer uma interessante visão dessa figura histórica que é Renoir, fica difícil fazer a mesma ligação entre o Jean que conhecemos na projeção e o humanístico cineasta que o mundo o viu se tornar posteriormente.
Dessa forma, o longa é bem sucedido em contar-nos alguns detalhes da rotina de Pierre-Auguste Renoir, sua relação com a família e a pintura. Mas é quase um fiasco para construir e envolver-nos na história daquela família.
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