Renoir

Título Original: Renoir
País: França
Direção: Gilles Bourdos
Roteiro: Gilles Bourdos e Jérôme Tonnerre
Elenco Principal: Michel Bouquet, Christa Theret e Vincent Rottiers
Estreia no Brasil: Julho de 2013



Interessado em retratar os últimos momentos da vida do famoso pintor Auguste Renoir, não sendo assim uma exata cinebiografia, o diretor Bourdos busca explorar os conflitos emocionais do artista em uma época turbulenta onde os pais perdiam seus filhos para a grande guerra. No entanto, o longa pouco acrescenta à dimensão artística que está por traz da família Renoir, embora tenha uma sensibilidade visual impressionista encantadora.

Estamos em 1915, Cote d'Azur, França. Renoir ainda sofre com a perda da esposa, faltando-lhe inspirações para seu ofício. Além disso, uma forte artrite atinge suas mãos. No entanto, uma bela jovem (Theret) aparece em sua vida restabelecendo sua vontade de pintar, rejuvenescendo tanto pai e filho, o futuro cineasta Jean Renoir (Rottiers), que acaba de retornar para se recuperar de uma ferida de guerra.

A fotografia de Mark Ping Bing Lee é sem dúvida a variável mais marcante desta produção. Leve e brilhante, já na primeira cena Lee deixa escancarado uma paleta quente e vibrante enquanto a câmera acompanha uma jovem Andrée, de cabelos vermelhos a andar de bicicletas em meio a uma arborizada paisagem. Ainda assim, apesar de toda a vivacidade de suas cores, o drama permanece inerte durante toda a projeção.

Embora o diretor consiga, juntamente com Bouquet, que representa o pintor, estabelecer uma interessante visão dessa figura histórica que é Renoir, fica difícil fazer a mesma ligação entre o Jean que conhecemos na projeção e o humanístico cineasta que o mundo o viu se tornar posteriormente.

Dessa forma, o longa é bem sucedido em contar-nos alguns detalhes da rotina de Pierre-Auguste Renoir, sua relação com a família e a pintura. Mas é quase um fiasco para construir e envolver-nos na história daquela família.


Nenhum comentário:

Postar um comentário