Tão forte e tão perto

  

 
 
Título Original: Extremely Loud & Incredibly Close

País/Ano: EUA/2012

Direção: Stephen Daldry

Elenco: Thomas Horn, Tom Hanks, Max Von Sydon e Sandra Bullock






Há alguns meses, quando vi a lista de indicados a melhor filme no Oscar 2012, eu pensei: "temos um ano produtivo, com vários filmes interessantes". Hoje, tendo assistido sete dos nove títulos indicados eu posso ver que superestimei a academia. Ainda faltando conferir Os Descendentes e Cavalo de Guerra, dos restantes, somente Meia Noite Em Paris, A Árvore da Vida e Moneyball mereciam ser indicados, a própria parte final do Harry Potter é melhor e muito mais bem feito que Histórias Cruzadas e este fraco Tão Forte e Tão Perto, por exemplo.

Dirigido por ninguém menos que Stelphen Daldry (O Leitor, As Horas e Billy Eliott), o filme conta a história de Oscar Shell (Thomas Horn), uma criança de 9 anos que é muito esperto e inteligente, buscando solucionar mais um das várias expedições que seu pai (Tom Hanks) costumeiramente lhe prepara. No entanto, esta se torna mais difícil quando Oscar perde seu pai no atentado às torres gêmeas de 2011. Inconformado e perturbado pela sua perda, Oscar acredita que uma chave deixada pelo seu pai é a solução desta última expedição e, com a única pista que tem (um sobrenome no envelope que continha a chave) ele parte para uma busca por toda a cidade de Nova York.

Embora traga a assinatura do ótimo Daldry, a direção não alcança um patamar expressivo quanto seus outros longas, ao invés disso, juntando-se ao fraco roteiro de Eric Roth (baseado no livro de Jonathan Safran Foer) não consegue dar emoção à jornada do garoto e só faz por forçar o drama soando extremamente superficial. E mais do que isso, ele é nem sequer preocupa-se em dar realismo à jornada do garoto. Oscar decide visitar todos os Black's da lista telefônica da cidade, como se fosse naturalmente seguro, enquanto isso ele teme andar de metro pois acredita ser alvo prioritário em caso de um ataque terrorista.

Nas atuações, Tom Hanks mantém o seu estilo enquanto Bullock não fede nem cheira. Horn encarna bem a criança questionadora e esperta que há em Oscar, mas também não consegue realmente despertar algo no público. Explorando tudo o que é possível para emocionar (até os cartazes), igualando-se nesse sentido ao já citado Histórias Cruzadas, isso fica claro quando o desfecho se aproxima e Daldry se dispõe inteiramente em fazer a plateia chorar. Portanto, possa ter uma premissa interessante na busca de Oscar, todas as suas falhas técnicas acaba transformando Extremely Loud & Incredibly Close em algo muito mais como Extremamente Longo e Incrivelmente Chato.

Trailer

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